Recentemente, perguntei a alguns estudantes no final do ensino médio, qual eram seus maiores medos. Não foi uma surpresa para mim receber respostas voltadas para o futuro profissional, afinal, essa é uma fase a qual grande parte das pessoas se sentem ainda despreparadas para trilhar toda a sua jornada. Pensando nesse fato, refleti muito sobre como o estágio é uma porta de entrada excepcional para essa galera, propiciando a chance de ter um contato cara a cara com a realidade laboral, mesmo antes de finalizar a formação. Então, hoje resolvi dissertar um pouco mais sobre esse assunto!
O que é estágio?
Existe, desde setembro de 2008, uma lei responsável por cuidar de todas as questões referentes à modalidade. Intitulada “Lei do Estágio”, a norma 11.788/2008 diz o seguinte: “é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos”. Dessa forma, é uma imposição ter, no mínimo, 16 anos de idade, sem máxima, e ser um aluno matriculado e frequentando as opções de educação aceitas.
Nesse viés, a carga horária é diretamente ligada à parte acadêmica, sendo: 4h diárias e 20h semanais, para educação especial e anos finais do ensino fundamental, da educação de jovens e adultos (EJA); ou 6h por dia e 30h na semana, em casos de ensino superior, educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. Ainda, é imprescindível lembrar: a experiência pode ser obrigatória ou não. Na primeira opção, é definida no projeto do curso e requisito para aprovação e obtenção do diploma. Já na segunda, é desenvolvida como uma atividade opcional.
O estágio para os estudantes
Agora, com as informações gerais da modalidade em mente, proponho uma reflexão acerca da sua importância na vida de alguém iniciando agora um emprego, seja vindo de uma transição ou dando os primeiros passos. Essa é a oportunidade de conhecer a rotina da área de atuação escolhida, testar se é realmente esse o caminho a ser seguido e projetar possíveis trajetórias dentro daquele cenário. Outra situação é de não se encontrar na realidade e buscar novos ares para se aventurar.
Ainda, é a abertura necessária a todos os calouros para conhecerem especialistas, engajarem com nomes já estruturados no mercado e construírem uma rede fortalecida de networking. Esse tipo de estratégia se faz, cada vez mais, imprescindível para a construção de uma carreira bem estabelecida, independentemente do campo de ocupação, pois garante a segurança de um apoio a se recorrer e auxiliar durante todas as etapas seguintes.
Os ganhos empresariais em se contar com esses talentos
Nesses sentidos, vejo a experiência, de fato, proporcionando um futuro melhor aos estudantes, pois oportuniza situações ímpares para a sua colocação no meio laboral. Todavia, para as empresas, o ganho não é menor. Como um todo, abrir as portas de uma organização para novas ideias, pensamentos e visões gera uma diversidade nos pontos de vista e, consequentemente, possibilidades múltiplas para a corporação.
Vivemos, atualmente, uma era onde a inovação está em alta constante e a mistura de gerações gerada pelo estágio leva a um maior convívio com essas revoluções. Isso porque lidamos, aqui, com talentos ainda em fase de crescimento profissional e em trato direto com as novidades em ascensão. Logo, para as companhias, essa contratação está associada, também, a inserir um gás a mais na cultura interna, modernizá-la e provocar mudanças táticas para resultados promissores.
Dessa maneira, nós da Abres, incentivamos recrutamentos e processos seletivos dentro do ramo estagiário. Essa ação apoia a economia e aprendizagem no país, além de trazer frutos significativos para todos os envolvidos no processo. Para outras dúvidas ou pontos relacionados à categoria, temos associados disponíveis para ajudar e tornar todos os passos ainda mais claros. Conte conosco para alcançar o êxito nesse percurso!
Carlos Henrique Mencaci é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios.