A contratação é voltada para estudantes. Entenda o porquê!
O cenário da empregabilidade jovem é um desafio para o Brasil. Isso porque, embora a contribuição dos mais novos para o desenvolvimento do país possa ser gigantesca, ainda há uma disparidade na oferta de vagas profissionais para essa parcela. Justamente nesse contexto, o estágio serve de grande ajuda para a nação.
Situação complicada
Para se ter uma ideia, segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no segundo trimestre de 2021, o desemprego da população ficou em 14,1%. Contudo, quando analisamos o recorte por idade, vemos a realidade mais desafiadora para a juventude.
Cerca de 29,4% de quem tem entre 18 e 24 anos está sem ocupação, de acordo com o último levantamento, ou seja, a falta de oportunidades chega a dobrar para esse grupo. Sendo assim, os desafios para os millennials e à Geração Z se desenvolverem e se tornarem economicamente ativos são gigantescos.
A crise do coronavírus impactou duramente o desenvolvimento do país. Contudo, com os planos de vacinação avançando, empresas têm retomado o otimismo e aberto suas portas para novas contratações. Nesse momento, é preciso investir na força dos estudantes.
O melhor meio para isso é com o estágio. Afinal, esse estilo de admissão não gera vínculo empregatício, isentando as contratantes dos encargos trabalhistas, como FGTS, INSS, 13º salário, ⅓ sobre férias e verbas rescisórias. Contudo, essa nem é a maior vantagem ao abrir vagas desse tipo .
Quem pode estagiar
A modalidade, segundo a Lei 11.788/2008, só pode estagiar quem estiver estudando e obtiver, ao menos, 16 anos. Vale quem é matriculado no nível médio, superior, técnico ou nos dois anos finais do fundamental pela Educação de Jovens e Adultos – EJA.
Com isso, os estagiários, dentro dos times, contribuem com conhecimentos atualizados aplicados em sala de aula e acrescentam às companhias a inovação e até mesmo modernização de processos. Contar com essa força é essencial, principalmente por conta de sua disposição em aprender e ajudar na superação de desafios.
Esse modelo é a grande chance de ingresso de muitos brasileiros ao mercado de trabalho. A partir daí, eles podem construir trajetórias de sucesso, evoluindo, profissional e economicamente, para contribuírem tanto para o cenário educacional do país, quanto o social e financeiro.
Nossa nação tem uma grande capacidade de resiliência e o momento atual pede atenção à juventude. Portanto, fica o apelo aos empreendimentos de todos os estados: abram suas portas para os estudantes, afinal, todos os lados têm muito a ganhar com essa atitude inteligente.
*Carlos Henrique Mencaci é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios