Em meio às constantes mudanças do cenário trabalhista no Brasil, reflito sobre a importância e o impacto do estágio no país. Quando jovem, somos tomados por muitas transformações e dúvidas. Uma das mais marcantes envolve o futuro profissional. Os mais de 8 milhões de estudantes, atualmente no ensino médio, logo estarão se indagando: “Qual carreira seguir?”
Após esse questionamento, outros surgirão: qual faculdade fazer? Como funciona determinada área? No entanto, sempre alerto: independentemente da ocupação escolhida, o melhor caminho sempre é por meio dos estudos.
O estágio é definido pela Lei 11.788/2008 e se adequa como um ato supervisionado educativo, ou seja, é a chance de aplicar na prática os aprendizados de sala de aula. Dessa forma, o adolescente pode se tornar um profissional qualificado e preparado para um mercado de trabalho, cada vez mais exigente e inovador.
Além disso, a legislação compreende a realidade do discente. Estabelece uma carga horária máxima de seis horas diárias e 30 semanais, permitindo, assim, conciliar a rotina acadêmica com os exercícios laborais. Decreta, ainda, recesso remunerado, preferencialmente durante as férias escolares e possibilita o pagamento de bolsa-auxílio.
A modalidade é positiva para os educandos, mas também para as demais partes envolvidas. Os estagiários contribuem com entusiasmo, criatividade e inovação e as empresas se beneficiam ao capacitar um funcionário de acordo com sua cultura interna e valores. Por fim, o investimento em educação é um ganho de todos. É o motor de desenvolvimento de qualquer nação. Defendendo o estágio, o Brasil agradece!
Seme Arone Júnior é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios