A cada ano, o país ganha novos universitários e secundaristas em busca de estudo para um futuro de muitas conquistas. Segundo dados do Inep/MEC de 2017, existem no Brasil 9,7 milhões matriculados no ensino médio e técnico e 8,2 milhões no nível superior. Dentro da legislação, todos eles estão aptos a realizar o estágio.
Apesar do aumento gradativo durante os anos, infelizmente, grande parte da população ainda não tem acesso à educação. De acordo com o último levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2017, 25,1 milhões de brasileiros entre 15 e 29 anos estão fora da escola, ou seja, 23% do total dessa faixa etária.
Portanto, a ausência no campo acadêmico também reflete no cenário corporativo. Segundo pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a taxa de desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos, em 2018, foi de 26,6%, número superior à média total do país.
Em meio a esse cenário, o estágio se torna uma das melhores alternativas para quem quer ingressar em uma sala de aula, ter uma primeira experiência corporativa e ser bem-sucedido em sua jornada. A modalidade é um grande incentivador à busca por capacitação. Assim, ele adquire desenvolvimento no meio social, profissional e cultural, fundamental para a formação de sua personalidade.
Com isso, o ato educativo escolar supervisionado proporciona um caminho para a juventude construir um futuro promissor e a afasta dos desvios de trajetória. Além disso, com a bolsa-auxílio e benefícios, o jovem ganha independência financeira e uma espécie de patrocínio de sua própria carreira.
Para a empresa, a atividade dispensa e isenta encargos trabalhistas como INSS, FGTS e multas rescisórias. Ainda assim, disponibiliza novos talentos para compor e agregar seu quadro pessoal. Dessa maneira, a prática impacta positivamente o contexto do país, o mundo dos negócios e a vida de milhões de jovens à procura de seu espaço no mercado.
Seme Arone Junior é presidente da Abres Associação Brasileira de Estágios