A tecnologia trouxe grandes avanços para a sociedade e um deles foi em relação ao estudo. Com a possibilidade de realizar uma graduação a distância, a taxa de matriculados no ensino superior cresceu de maneira significativa. Segundo dados do último Censo Inep/MEC, cerca de 18,5%, dos 8 milhões de estudantes universitários, fazem EAD.
Em 2003, o Brasil tinha 52 cursos nessa modalidade e em 92% dos casos os educandos eram de instituições gratuitas federais ou estaduais. Hoje, contudo, a realidade está bem diferente. Saímos de 50 mil alunos inscritos na categoria naquela época, para mais de 1,4 milhão atualmente. Desses, 1.371.817 estudam em faculdades privadas (91,7%) e 121.601 (8,3%) em públicas. Ao todo, já são 1.662 opções de bacharelado, licenciatura e tecnólogo, um crescimento de mais de 3.000%!
Entre os anos de 2015 e 2016, aumentou em 7,2% o índice de ingressantes em EAD. Em contraponto, o número caiu 1,21% nas opções presenciais. Segundo pesquisa da Educa Insights, até 2026, os dicentes de ensinos a distância vão chegar a 51%, ultrapassando aqueles os quais ainda optarão por frequentar a sala de aula.
A grande dúvida de quem opta por esse tipo de aprendizado diz respeito com a colocação do mercado de trabalho. Contudo, as notícias são positivas. As empresas enxergam esses alunos com o diferencial de saberem trabalhar on-line e com grupos, os quais também sabem se controlar, cumprir tarefas e prazos, qualidades importantes para a produtividade.
Além disso, os interessados poderão realizar ainda um estágio antes de concluir o curso. Sim, a legislação permite a esses estudantes realizarem o ato escolar educativo supervisionado.
Portanto, vá em busca de uma oportunidade logo nos primeiros semestres do curso. Com isso, será possível se destacar e conseguir uma boa posição como efetivo no futuro. A Abres apoia uma mudança no país por meio da educação.
Seme Arone Junior é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios.