Manter o jovem na instituição de ensino até sua formação é o novo desafio. Apesar do crescimento de alunos, de 2002 a 2016, na educação superior ter saído de 3,5 para 8 milhões, ainda é baixo o número de concluintes. Os dados foram retirados do último Censo Inep/MEC e reforçam a importância do estágio na vida dos estudantes.
Infelizmente, apenas 39,1% dos calouros “pegam o diploma”, sendo 246.875 no setor público e 922.574 no privado. Um dos grandes empecilhos para os universitários é a falta de dinheiro para custear seus gastos com materiais do curso, locomoção e a própria mensalidade.
Diante dessa realidade, de acordo com uma pesquisa da Abres, cerca de 60% dos acadêmicos dependem de sua bolsa-auxílio para pagar os boletos da graduação. Com isso, o ato educativo escolar supervisionado se torna um dos principais programas para possibilitar a permanência na faculdade e, assim, tirar a juventude da zona de vulnerabilidade.
A atividade permite ainda colocar em prática os aprendizados obtidos em sala de aula e dá ao dicente a certeza de estar na área mais adequada ao seu perfil. A vida acadêmica é uma fase importante e essencial para mudar a situação econômica-social do país. Quanto mais empresas abrirem vagas para jovens talentos em sua equipe, melhor será para toda a sociedade. Mais educandos conseguirão se capacitar, as organizações ganharão assim mão de obra qualificada e o país eleva o índice de pessoas aptas a tomar decisões conscientes e capazes de sair da pobreza.
A mudança não depende apenas dos governantes, mas também da atitude individual de cada um!
Seme Arone Junior é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios