Com a alta competitividade no mercado de trabalho, muitas organizações buscam colaboradores cada vez mais capacitados. Por isso, elas mantêm os olhos atentos aos estudantes e, normalmente, oferecem estágio para a sua primeira formação. No entanto, quem faz uma pós-graduação, MBA, mestrado ou doutorado também está apto a praticar a atividade.
De acordo com a lei 11.788/08, podem exercer o ato educativo escolar supervisionado, todos os alunos de ensino superior. Ou seja, quem faz uma especialização cumpre as mesmas regras: carga horária de até seis horas diárias, com tempo máximo de contrato de dois anos em uma mesma empresa.
Representando apenas 3,8% dos educandos nas faculdades, as oportunidades oferecidas para esse grupo aparecem, mas em menor escala. Essa situação ocorre, pois a maioria das empresas opta por contratar estudantes nos primeiros anos de curso, para desenvolvê-los em maior tempo e cultivá-los para torná-los futuros líderes.
Contudo, com o desemprego atingindo mais de 13,2 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, quem busca uma colocação no mundo empresarial, pode encontrar em sua especialização a chance de voltar ao ambiente corporativo. Todas as partes ganham, o estagiário por se capacitar e ter um direcionamento na carreira e a empresa por ter em seu quadro pessoal profissionais com um bom networking e vontade de crescer.
Dessa maneira, é fundamental para a formação de grandes talentos, investir no estágio em todos os seus níveis: ensino médio, superior e, até mesmo EJA (Ensino de Jovens Adultos). Com isso, garantimos cada vez mais qualificação no mercado e favorecemos o fortalecimento econômico e social do país.
Seme Arone Junior é presidente da Abres Associação Brasileira de Estágios